As a result of the Project "Medicalization in Goiás: critical investigations in the history and contemporaneity of biopsychosocial practices and discourses", this paper reports a research on the drama of teacher’s psychiatrization in the teacher-student relationship in the municipal educational system of Goiania, Brazil. The sickness absenteeism of teachers from elementary education for medical reasons coded with the F index of the ICD-10 envisages a context of precariousness of work in capitalism, with impacts on the social relationship between teachers and students. We discuss the characteristics pointed out in this interaction that reveal the dialectical complexity of the drama of psychiatric illness and the material conditions of the work experience, performing a qualitative analysis of data collected in sheets, synthesized from medical license records made available by the Municipal Medical Board. Our reference was Cultural-Historical Psychology as interpreted by Yves Clot's Clinic of Activity. We considered 35 sheets that refer to the teacher-student relationship during the process of teacher’s psychiatrization. Thereon, we divided categories between complaints and its developments, which reveal a common process in the suffering of these teachers. The results note that the occupational psychopathologies is related to the precariousness and expropriation of the real of the activity from the workers. We conclude our research with emphasis on the intervention of the collective as a resource to face psychiatrization, as well as subsidizing public policies that aim to face the precariousness of work as a socially constituted process at the heart of a dialectical historical-social context.
Vinculada al Proyecto "Medicalización en Goiás: investigaciones críticas en la historia y contemporaneidad de las prácticas y discursos biopsicosociales", esta investigación de Iniciación Científica se refiere al análisis del drama de la psiquiatrización docente en la relación docente-alumno en la red municipal de Goiânia. El absentismo de docentes de la educación básica por motivos médicos codificados con el índice F de la CIE-10 avizora un contexto de precariedad del trabajo en el capitalismo, con impactos en la relación social entre docentes y alumnos. Discutimos las características señaladas en esta interacción que revelan la complejidad dialéctica del drama de la enfermedad psíquica y las condiciones materiales de el trabajo, con el análisis cualitativo de fichas de síntesis, elaboradas a partir de actas de licencias médicas puestas a disposición por el Consejo Médico Municipal. Nuestra perspectiva fue la Psicología Histórico-Cultural según la interpretación de la Clínica de la Actividad de Yves Clot. Se consideraron 35 fichas que se refieren a la relación docente-alumno. Creamos categorías, divididas entre quejas y sus desarrollos, que revelan procesos comunes en el sufrimiento de estos docentes. Nuestras conclusiones notan que la presencia de psicopatologías ocupacionales está relacionada con la precariedad y expropiación de lo real de la actividad de los trabajadores. Concluimos nuestra investigación con énfasis en la intervención del colectivo como recurso para enfrentar la psiquiatrización, así como subsidiar políticas públicas que apunten a enfrentar la precariedad del trabajo como un proceso socialmente constituido en el seno de un contexto dialéctico histórico-social.
Vinculada ao Projeto "Medicalização em Goiás: investigações críticas na história e contemporaneidade de práticas e discursos biopsicossociais", o presente artigo relata pesquisa referente ao drama da psiquiatrização docente na relação professor-aluno da rede municipal de Goiânia. O absenteísmo-doença de professores da educação básica por razões médicas codificadas com o índice F do CID-10 mostra um contexto de precarização e alienação do trabalho no capitalismo, com impactos na relação social entre docentes e estudantes. Discutimos as características apontadas dessa (e nessa) interação que desvelam a complexidade dialética do drama do adoecimento psíquico e das condições materiais da vivência laboral, com a análise qualitativa de fichas-sínteses elaboradas a partir de prontuários de licenças médicas disponibilizados pela Junta Médica Municipal de Goiânia. Nosso referencial foi a Psicologia Histórico-Cultural tal como interpretada pela Clínica da Atividade de Yves Clot. Consideramos 35 fichas - de 109 analisadas - que se referem à relação professor-aluno no decorrer do processo de psiquiatrização docente. Em seguida, criamos categorias, rotuladas como queixas e desdobramentos, que revelam processos comuns no sofrimento desses docentes. Observamos que a presença de psicopatologias laborais se relaciona à precarização e à desapropriação do real da atividade pelo trabalhador. Consideramos que a doença é um processo socialmente constituído no âmago de um contexto histórico-social dialético, finalizando nossa pesquisa com destaque para a intervenção do coletivo como recurso de enfrentamento à psiquiatrização, bem como subsidiando políticas públicas que visem a enfrentar a precarização laboral.
